Procura-se
um trunfo para o HUB/RN
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As decisões estão sempre
postergadas, adiadas para um momento mais propicio. A busca de interesses,
pelos próprios interessados, colocando-se como vítimas. Primeiro um aeroporto
novo era uma necessidade da Copa. E o estado e a capital, ficariam com o legado,
com operações aeroviárias, com empresas instaladas a sua volta. Empresas
ligadas a exportação e ao comercio exterior, no modelo moderno, com um novo
conceito de aeroporto, embarcando e desembarcando cargas, passageiros, produtos
e principalmente ideias. Um hub tal como um roteador, ligado a computadores e
ligado à internet. Um aeroporto conectado com o mundo, e com outros HUBs,
fazendo links entre cidades e países.
Muitos disseram ser um
interesse em vender e valorizar terras, abandonar um aeroporto pronto e
reformado, para construir um novo no meio do mato. Um legado da Copa que não
ficou pronto para a Copa, ficou uma pista isolada sem avenidas de acessos, eram
apenas picadas abertas no meio da mata, com terra e lama. Sem sinalizações de
acesso. E precisou da ajuda do então abandonado Aeroporto Augusto Severo em
Parnamirim. O aeroporto fechado serviu como alternativa para comitivas que
queriam um desembarque restrito. A comitivas ali pousaram com receptivo
restrito e circulação do aeroporto para cidade, com pista de asfalto, em
estilos presidenciais. O novo aeroporto não ficou pronto para a Copa e não
estará totalmente pronto para as Olimpíadas. Enquanto isto estatísticas alvissareiras
são informadas, sem descrever formas ou critérios de investigação e avaliação.
A tentativa de manter o aeroporto nas alturas. Com pistas de pouso e decolagem paralelas,
já chegam resultados de colisões quase acontecidas em Brasília.
Depois foi a questão do QAV,
que as Cias. Aéreas diziam ser de valor exagerado, não compensando voos para
Natal, que precisassem de reabastecimento. O governo estadual abriu mão de seus
ganhos e reduziu alíquotas na cobrança de impostos. Depois foi a falta de
estrutura nos acessos ao aeroporto. E tantas outras desculpas pousaram e
decolaram do novo aeroporto. A Lan e a TAM não se definem, se pousam e voam
juntas ou separadas, a cada semestre é lançada uma nova data. Somados aos problemas,
os lamentos da operadora do terminal.
A dupla de maiores fabricantes
de aeronaves, Airbus e Boeing (Europa e EUA), disputam o mercado de acordo com
a demanda, de passageiros e combustível. Aviões modernos com maior capacidade e
maior autonomia, fazem voos diretos diariamente de São Paulo, Rio de Janeiro e
Brasília, para aeroportos de maiores interesses na África, Europa e EUA. Para o
passageiro que deseja um voo direto, não interessa um HUB, com baldeações e
conexões. E para a tecnologia aeronáutica interessa aviões com maior capacidade
e maior alcance, para quem sabe no futuro construir naves espaciais para
passageiros, que queiram ir à Lua ou dar uma volta ao redor da Terra. Outros
podem preferir ir a Marte.
A Azul Linhas aéreas, e a TAP-Air
Portugal já conseguiram formalizar as suas estratégias, fizeram seus acordos de
compra e venda de ações e usos de aviões. A Azul estabeleceu sua base em Recife.
E a TAP-Air Portugal, que já conhece a Europa, tem condições de desembarcar
passageiros estrangeiros em Recife, dando oportunidade a Azul de distribuir encomendas,
cargas e passageiros entre os aeroportos brasileiros. Simplificando,
estabeleceram em REC o seu HUB em parceria. Com a aliança TAP/Azul, surge a
possibilidade de uma ponte rodoviária ente Recife e Natal.
O governador do RN, sr Robson
Faria, antes de viajar para a Colômbia, terra de berço da Avianca, afirmou ter
um trunfo para o HUB de Natal. Fez uma
viagem internacional para descobrir o que era possível saber e conhecer pela
net ou pelo SEDEX. No estilo ministro de relações exteriores ou representante
comercial, tentou fazer acordos de voos entre Bogotá e Natal, talvez para em
uma próxima viagem, de ver o que não viu, poderia usufruir de um voo direto. Mas
não haverá como reclamar de existir uma conexão com Cali, Cartagena ou Medelín.
E Natal continua à espera de
ter um HUB, pois é sempre citada como ponto estratégico. Já teve título de
Trampolim da Vitória na Segunda Grande Guerra. Já teve título de cidade espacial
com a Barreira do Inferno. Já foi porto de abastecimento antes da abertura do
canal do Panamá. E vem perdendo o legado de ser um ponto estratégico, para
interesse de outros países, que cada vez voam mais alto.
Natal perde para Alcântara/MA
e São Gonçalo do Amarante/RN, na logística interna. Embora enquanto o aeroporto
internacional esteja localizado na Região Metropolitana, ainda será reconhecido
internacionalmente como Natal. Lembrando a ocupação dos holandeses New
Amsterdam Terminal - NAT.
Procura-se
um trunfo, ou uma nova desculpa para o HUB/RN
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