AIREP XY 001 FL 1200 1200 HZ NAT 05 47S/35 O 360/49FT MS10 ETA BSB 1500 HZ.
O voo XY 001 passou sobre Natal.
Informou as condições climáticas do seu nível de voo, sua velocidade e altitude;
estimou seu próximo posicionamento, e a hora da próxima informação a ser coletada
e divulgada. E seguiu caminho para o seu destino final, deixando um rastro no
céu. Passou informações ao centro de controle de trafego aéreo e centros
meteorológicos principais (CM1). Informações que podem ser uteis na confecção
das próximas cartas meteorológicas, para planejamentos de próximos voos.
Informações que constroem uma climatologia ao longo do tempo, da história. Não
havia um HUB para pousar, nem cargas para movimentar.
NAT era uma alternativa emergencial,
constante em um plano de voo. O voo XY 001 seguiu para o local que é desejado
pelos seus passageiros embarcados, e para os destinos etiquetados em suas cargas
e bagagens. Ainda podem haver transbordos e conexões. Todos a bordo com bilhete
de embarque, e conhecimento aéreo (AWB). O comandante tem uma Time Line a cumprir, outros voos
receberão suas cargas e/ou passageiros. Um HUB precisa ser muito bem localizado
para servir a destinos, origens e procedências; um ponto de interseção de
cargas e passageiros, informações e serviços. Um avião transporta cargas,
passageiros e informações (*). A implantação de um HUB mexe com todo o Time Table de uma empresa, há contratos
de cargas a cumprir. A falta de horário e falta de espaço, gera uma não
comodidade; uma não conformidade, e abre oportunidades para voos fretados.
Não se cria um HUB, como
muda-se o nome de uma rua, ainda que os dois causem transtornos a cargas e
passageiros; comércios e serviços. Uma empresa não instala um HUB para resolver
problemas de uma cidade, mas sim para facilitar seus próprios problemas,
criando alternativas e soluções. Da mesma forma que mudar o nome de uma avenida
não resolve os problemas nela existentes. Uma empresa aérea que domina o lado
do Atlântico na América do Sul, juntou-se a outra que domina o lado do
Pacifico. Juntaram problemas em busca de soluções, para dar a volta no mundo.
Podem trocar cargas e passageiros, serviços e manutenções; peças e
equipamentos; bilhetes e acomodações. Apartar brigas entre Boeing e Airbus.
Natal ao longo da história
serviu como ponto de base e de apoio, de navegações marítimas e aéreas. E muito
mais como ponto de apoio para a continuação de uma viagem ou uma jornada, as
vezes uma missão (2ª GM). Um ponto referencial para abastecimento, do que
poderia ter disponível ao costado da embarcação, em um breve e rápido reabastecimento,
antes do aporte final. Um ponto para obter produtos e serviços essenciais,
necessitados a bordo; água, viveres e reparos; peças e reposições.
O marco de Touros/RN é o marco
inicial de que era possível aportar. Alguma caravela avistou a terra, ancorou e
implantou o marco com informações entalhadas. Fernando de Noronha atuou como
sentinela, para quem vinha da Europa. O Atol das Rocas o primeiro sinal do
surgimento do continente. Lunetas preparadas e ouvidos atentos para e expressão
esperada vinda da gávea; “Terra à vista”. Os índios não puderam ouvir pelo
sistema de som, que Cabral anunciava a sua chegada, ele fundeou e desembarcou sem
pedir permissão. Desembarcou com armas e bagagens.
Na época das caravelas, as
viagens duravam meses, e havia pouco espaço para cargas e passageiros, só
haviam marinheiros. Os espaços das caravelas precisavam ser otimizados com marinheiros,
agua e mantimentos, preferencialmente os que não provocavam carências
saudosistas e alimentares, evitando motins. Uma escala entre portos próximos
era necessário. E das caravelas, surgiram os navios com a prioridade de cargas.
Enquanto não havia terminado a construção do canal do Panamá, Natal era um
ponto de apoio de abastecimento de agua e alimentos. Um ponto estratégico para navios
que transportavam cargas, tendo Natal um ponto de apoio a rota, contornando o
continente.
Surgiram os aviões no pós-guerra,
os aviões militares se tornaram de uso civil, a sobra de guerra. E seu grande
desafio era atravessar o Atlântico, transportando malotes e correspondências.
Já conheciam os referenciais terrestres e marítimos mapeados por navios. Em
voos vindos da Europa podiam usar uma bussola ou o Sol, e os arquipélagos, como
pontos referenciais, para chegar a um destino. Começaram pelos caminhos das
caravelas, seguindo o continente africano, observado a bombordo (**). Até o ponto
da grande travessia sobre o Atlântico.
Ao avistar Fernando de Noronha,
todos a bordo saberiam que o continente estaria próximo. Muitos aviões e
hidroaviões pousaram ali. E Natal (NAT) era a próxima escala anunciada. O
momento de descer, desembarcar e esticar as pernas, sentir-se em terra firme. Para
então reembarcar e fazer uma nova jornada, contornando o continente, tal como
na África, acompanhado as praias, agora a boreste ou bombordo. A próxima escala
anunciada: Fortaleza (FTZ) ou Recife (REC).
Navios fazem viagens de
cabotagem entre o porto de Rio Grande/RS e Manaus/AM, os portos extremos do Brasil,
de navegação e cabotagem, com capacidade de receber grandes navios e grandes
volumes de cargas. Um navio aporta quando há cargas para embarcar e desembarcar,
cargas que compensem os custos de fundear, atracar, fazer movimentos de
embarque e desembarque, e então desatracar. Cargas documentadas com
conhecimento marítimo (BL). Tempo é dinheiro, e movimentação de cargas tem um
custo, de capatazia e armazenagem. O embarcador quer sua carga no porto
combinado e no dia prometido, e se possível com hora marcada. O transportador
tem uma Time Line a cumprir. O tempo
pode ser seu atraso e seu inimigo, o tempo do relógio, do calendário, e o tempo
anunciado no céu, com chuvas e trovoadas, comprometendo a viagem e a carga.
Fora os imprevistos técnicos enquanto atracado; é preciso ter uma margem, para
contar com intempéries e imprevistos.
E os aviões evoluíram em
tecnologia, de tamanho e autonomia; aumentaram empuxo e propulsão, envergadura
e fuselagem; evoluíram com segurança em qualidade de voo, e quantidade de carga
transportada. Podem passar sobre Natal sem aterrissar, apenas informando voo,
destino e rota. Um rastro de vapor d’água é deixado no céu informando a direção
tomada, e a temperatura muito baixa em altitude, fazendo a umidade do ar condensar.
O sinal do céu informa que não havia cargas e/ou passageiros para embarcar e/ou
desembarcar. Há uma Time Line a
cumprir, um CB ou uma ITCZ pode estar a 12h, adiante na proa da aeronave,
podendo causar solavancos, mudar cursos estimados e aumento do tempo calculado da
viagem. Novas altitudes, novas velocidades, geram novas informações que
constroem um novo conhecimento.
Natal vem servindo ao mundo de
base de apoio a missões marítimas e aéreas; militares e espaciais. Continua sendo
um ponto estratégico para missões especiais. Trampolim para novos saltos do
conhecimento cientifico, a buscas de novas plagas. A busca do conhecimento que
se adquire em viagens, pesquisando novos ambientes, e criando técnicas e
estratégias para transporte e deslocamento: naus e naves, caravelas e navios;
aeronaves e espaçonaves; naves marítimas, aéreas e espaciais. O homem terrestre
já navegou nos mares e nos ares, sua próxima viagem é pelo espaço. Já deixou
rastros de espumas sobre as ondas, e agora já há um rastro deixado no céu. O
próximo rastro a ser avistado é no espaço. A volta para casa: “do pó vieste e
ao pó retornarás”, o pó das estrelas.
(*)
O avião como transmissão de conhecimento
http://www.publikador.com/tecnologia/maracaja/2014/11/o-aviao-como-transmissao-de-conhecimento/
(*)
O conhecimento embarcado
http://www.publikador.com/saude/maracaja/2014/12/o-conhecimento-embarcado/http://www.publikador.com/outras/maracaja/2015/06/komunikologia-ii/
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