Ó
A
transferência da responsabilidade
rgãos públicos municipais e
estaduais, com a finalidade e obrigatoriedade de administrar o transito, tem o
compromisso e a obrigação de fazer a manutenção de ruas e avenidas, por algumas
vezes nas estradas, dependendo de uma nomenclatura, e de uma jurisdição, por
questões burocráticas e administrativas. Departamentos e secretarias, do
serviço público que tem a obrigação e a responsabilidade, de manter as vias
sinalizadas, com objetivo de evitar acidentes e criar uma segurança para quem
dirige, ou para quem precisa atravessar uma via. Segurança no transito, evita
resgates e custos públicos de remoção de acidentados. Evita acidentes com perda
de tempo.
As passarelas podem ser uma
solução para pedestres atravessar uma via com segurança, mas custam atenção, intenção
e investimento público. Muito trabalho para quem não tem planejamento. Mas na
ausência de passarelas, outras providencias podem e devem ser tomadas, como criar
faixas de segurança para travessia de pedestres, e providenciar uma sinalização
vertical e horizontal, para que os motoristas possam ter mais atenção, antes de
ter a faixa avistada. Antes de acontecer imprevistos.
E na falta de sinalização, na
falta de manutenção, transferem a responsabilidade para os pedestres. Fazem
campanhas de segurança no transito, dizendo que os pedestres devem sinalizar
para os carros em movimento, acenando indicando que tem a necessidade de
atravessar. Em uma via bem sinalizada, com as regras de transito aprendidas
pelos portadores de CNH. Regras ensinadas em uma autoescola e cobradas em
provas práticas e escritas. Cada condutor tem obrigação de saber, e sabe, que
tem a obrigação de parar ou reduzir a marcha diante de uma passagem de
pedestres, a faixa de segurança para quem estando a pé, deseja atravessar. E
para isto elas precisam estar muito bem sinalizadas, para evitar um perigo.
E na ausência de faixa, nas
faixas mal sinalizadas, nas faixas já desgastadas e apagadas, a obrigação fica
sendo dos pedestres, de sinalizarem para os condutores, dizendo com seus gestos
que ali existe uma faixa, e precisam atravessar, ganhando o título honorifico de
cidadão e de esperto. Uma transferência de responsabilidade. E para os motoristas
a dúvida de ter ou não ter uma faixa. A responsabilidade que cai sobre o lado
mais fraco.
E na fatalidade de um
acidente, o nobre condutor, astuto e faceiro, com seu carro caro e possante, o
seu maior patrimônio adquirido, com seu instrumento de poder, pode alegar que o
pedestre atravessou a via sem sinalizar.
Em 16/12/15
Roberto Cardoso “Maracajá”
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